Buraqueira nas ruas de Aparecida do Taboado revolta moradores dos bairros

Moradores de Aparecida do Taboado vêm denunciando diretamente à redação do ADT Notícias, por meio de mensagens de WhatsApp, o cenário de abandono que enfrentam em diferentes regiões da cidade. As críticas reforçam a sensação de descaso e revelam problemas que vão além do que já circula nas redes sociais.

Um dos relatos recebidos descreve a precariedade enfrentada no bairro São Lázaro, onde a Rua José Moreira Falkine sofre com buracos constantes. “Sim, tem vários buracos. Às vezes a prefeitura joga pedras ou borras de asfalto, porém na primeira chuva vai tudo embora e volta a surgir buracos novamente”, afirmou uma moradora, que preferiu não ser identificada.

Outro morador denunciou a situação crítica do Jardim Primavera, onde sequer há pavimentação. “Aqui na minha rua nem asfalto ainda tem, é um barro nojento. Mas, saindo daqui para chegar à feira do produtor está fazendo vergonha de tanto buraco e falta de sinalização”, reclamou. Ele também destacou a má qualidade dos reparos realizados: “Quando tampam os buracos, fazem mal feito. Fica horrível para o trajeto até mesmo de bicicleta”. Entre as ruas citadas por ele estão a Rua Kikue Yura e a Rua dos Estudantes.

Ruas perigosas e sem reparos

A situação das vias urbanas segue como um dos principais motivos de insatisfação popular. Um dos pontos mais críticos é um buraco de grandes proporções na Avenida Pedrossian, localizado próximo a uma curva bastante movimentada. Em postagem feita pela página @TaboadoM1LGR4U, moradores relataram que o problema persiste há meses sem nenhuma medida efetiva por parte da prefeitura. “Já vimos carros desviarem bruscamente, quase causando colisões. É um acidente esperando para acontecer”, alertou um internauta.

Os danos causados aos veículos também são frequentes. “Perdi um pneu nesse buraco aí, pancada, cidade tá abandonada”, reclamou Fabio Pereira. Próximo ao almoxarifado da prefeitura, a ausência de providências causa revolta. “É quase em frente ao almoxarifado, e não enxergam”, apontou Ivany Aparecida Assis Assis. De forma irônica, Lucimeire Duarte comentou: “Ué, achei que as festas tavam bom”.

Obras que não terminam

Na Rua Ulisses Medeiros de Figueiredo, moradores denunciam que uma obra foi iniciada e abandonada. Localizada na região da feira, a via acumula poeira e buracos. “Isso aqui está insuportável, estamos ficando doentes com tanta poeira, isso é desumano”, desabafou Silvania Alves Barbosa.

A comerciante Cristiane Lourenço também expressou preocupação: “Eu como comerciante, nessa rua estou sofrendo com muita poeira, e vejo pessoas caindo por conta dos buracos, os moradores do bairro não aguentam mais”. Em outro episódio, Luna Silva relatou um momento de perigo: “Eu ontem vindo do serviço à noite de bicicleta me lasquei num buraco desse. Tinha uma pedra enorme, o carro vindo atrás, por pouco não morri”.

Críticas ao foco em festas

Moradores questionam os investimentos feitos em eventos festivos, enquanto as necessidades básicas da cidade não são atendidas. “Quando a realidade aparece os defensores somem. As ruas são uma vergonha, mas fica de boa, daqui uns dias tem festa e aí acaba as críticas”, escreveu Juliano Guimarães Brito. Em seu comentário nas redes sociais, ele ainda cobrou mudança de foco da administração: “Pega esse recurso e desvia pra obra pública, esquece festa, mais saúde e mais asfalto”.

A crítica é compartilhada por outros moradores. “A cidade inteira tá uma vergonha, a verdade é essa. Tem buracos que já tem dois anos e até o presente momento nada foi feito”, afirmou Fernanda Santos Ramos. Já Vania Finencio Gagliarde debochou: “Cadê o prefeito da cidade que aparecia em tudo nas redes sociais e nas festas? O menino sumiuuuu”.

Clima de abandono

As queixas ganham ainda mais força diante do silêncio do poder público. “Nem ouvi falar em prefeito mais, já garantiu mais 4 anos agora tanto faz”, comentou Bruna Souza. Duda Malta também fez um desabafo: “Ulisses Medeiros tá dando vergonha, quase um ano já assim! Sem condições, os carros só acabam com o tanto de buraco”.

O sentimento de abandono é recorrente entre os depoimentos. “A cidade cada dia mais afundando no buraco”, lamentou José Cícero. “Tá triste esse Taboado, saiu de um buraco e caiu em outro”, completou Percilla Colombini Tozze.

Em meio a tantas reclamações, moradores seguem pedindo por ações concretas, enquanto convivem com buracos, poeira e um cenário urbano que, segundo eles, contrasta com os gastos públicos em festas e eventos.