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MS pode iniciar processo de tombamento das línguas indígenas

As línguas indígenas faladas em Mato Grosso do Sul poderão ser consideradas patrimônio cultural imaterial. O processo inicial de tombamento dessas ...

16/04/2025 às 14h30
Por: Aparecida MS Fonte: Assembleia Legislativa - MS
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Deputada Gleice Jane, autora da proposta, durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa
Deputada Gleice Jane, autora da proposta, durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa

As línguas indígenas faladas em Mato Grosso do Sul poderão ser consideradas patrimônio cultural imaterial. O processo inicial de tombamento dessas línguas é previsto no Projeto de Decreto Legislativo 05/2025 , protocolado nesta quarta-feira (16) na Assembleia Legislativa (ALEMS) pela deputada Gleice Jane (PT).

De acordo com a proposta, as línguas indígenas de Mato Grosso do Sul a serem incluídas no processo de tombamento são o Guarani, Kaiowá, Terena, Kinikinau,  Kadiwéu, Guató  e Ofayé. O objetivo do tombamento dessas línguas como patrimônio cultural imaterial é sua preservação e proteção.

“As línguas indígenas mencionadas no projeto representam não apenas a expressão viva de saberes ancestrais, mas também são peças centrais para a continuidade das tradições, cosmovisões e conhecimentos desses povos”, afirma a deputada Gleice Jane na justificativa do projeto.

A parlamentar acrescenta que, mesmo com a importância que têm, algumas dessas línguas “estão em risco de desaparecimento, com um número reduzido de falantes, como é o caso do Ofayé, que já possui uma quantidade crítica de pessoas que a utilizam fluentemente”.

“A iniciativa de tombamento dessas línguas vem ao encontro das necessidades de preservação e valorização do patrimônio cultural imaterial dos povos indígenas, conforme os estudos realizados no âmbito da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), que destacam a importância do reconhecimento formal dessas línguas para garantir sua preservação e revitalização”, reforça Gleice Jane.

Devido às suas atribuições regimentais (artigo 33, I, "y", do Regimento Interno do Parlamento ), caberá ao presidente da ALEMS decretar o processo de tombamento proposto caso o projeto seja aprovado. A proposta deve ser apresentada na próxima sessão ordinária, na terça-feira (22), e depois segue para o período de pauta em que poderá receber emendas.

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