Nas últimas semanas, diversas regiões do país sofreram com focos de queimadas. O cenário não é novo, já que nesta época do ano, devido à escassez das chuvas, esse fenômeno é muito comum. Porém, em especial neste ano, além do tempo seco e da baixa umidade do ar, a fumaça se concentra e dificulta a atividade respiratória.
Segundo o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil teve registro de mais de 154 mil focos de calor no mês de setembro.
Nesse sentido, uma das preocupações é a exposição à poluição atmosférica ao se combinar com os efeitos das ondas de calor, que são recorrentes nesta época do ano.
Entre os sintomas mais comuns causados pelo contato com o material particulado da fumaça estão a ardência nas narinas e na garganta, dor de cabeça e tosse persistente. Os efeitos podem ser ainda piores em pacientes que já apresentam alguma comorbidade, como asma e hipertensão.
Os principais acometidos por problemas e doenças respiratórias são crianças, por apresentarem seu sistema imunológico em desenvolvimento, e idosos. Para esses grupos, é essencial a atenção redobrada aos sintomas respiratórios e possíveis complicações de saúde. O indicado nesses casos é procurar atendimento médico o quanto antes para diagnóstico e medicação corretos.
De acordo com o Ministério da Saúde, com o intuito de reduzir os danos à saúde provocados pelo contato com as partículas das queimadas, uma série de ações são necessárias. Confira as principais abaixo.
Além dos recorrentes problemas respiratórios, a fumaça proveniente das queimadas também pode afetar a pele e outros órgãos, em especial os de contato.
De acordo com a dermatologista Anelise Dutra, o tempo seco resultante das queimadas pode influenciar no surgimento de quadros nocivos à saúde. “Com a umidade relativa do ar abaixo dos níveis considerados adequados à saúde, a pele se ressente mais intensamente com a diminuição natural da oleosidade. Esta é a condição propícia, por exemplo, para os quadros de dermatite atópica”, conclui a especialista.
Por isso, é importante compreender como amenizar os efeitos e zelar pela promoção da saúde, mesmo em situações atípicas de crise.
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